Farinha de carne e ossos: descubra como ela é obtida, benefícios e aplicações!

Existem inúmeras formas de aproveitar os resíduos de animais. Uma delas é a farinha de carne e ossos, produto obtido a partir do abate de animais incluindo bovinos, suínos, aves e pescados. Esta opção tem trazido maior rentabilidade para quem possui uma planta de reciclagem animal, e aqui nós explicamos o porquê!

Confira a seguir mais informações sobre os benefícios deste produto na nutrição animal e as vantagens de produzi-lo.

Farinha de carne e ossos e o cenário atual

O Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do mundo e é um dos principais exportadores desta proteína animal. São 214,7 milhões de cabeças de gado no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A farinha de carne e ossos só mostra o quanto a pecuária brasileira tem rendido bons resultados. 

Isso sem contar os números das produções de outras espécies. O rebanho de suínos do Brasil soma 40,6 milhões de animais. As aves totalizam em 249,1 milhões de animais. E, o total de galináceos, ou seja, galos, galinhas, frangos, frangas, pintinhos e pintainhas somados, representam em torno de 1,5 bilhão de aves.

A reciclagem animal não é um produto, ou graxaria, mas sim importante aliada da sustentabilidade na cadeia de carnes nacional. Prova disso são os dados apresentados por Décio Coutinho, presidente executivo da ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal), compartilhados pela “Food Safety Brasil”.

Segundo ele,  38% dos ruminantes equivale a resíduos, assim como 20% dos suínos, 28% das aves, e 45% nos pescados. Isso representa 13 milhões de toneladas de resíduos animais recolhidos em 2019 no setor de reciclagem animal.

Mas, se você ainda pensa que é possível rentabilizar apenas através da comercialização da carne, está enganado. A versatilidade dos bovinos, por exemplo, permite o aproveitamento do animal após o abate, além da carne. 

Com os resíduos de produções bovinas, é possível não só produzir a farinha de carne e ossos, como também couro, sebo bovino utilizado na produção de biodiesel e até itens de higiene pessoal. Estima-se que o processamento de sebo e ossos na reciclagem animal de bovinos para produção de todos estes produtos hoje movimentam no país mais de R$ 8 bilhões. 

Reciclagem animal já é de longa data

No estudo “Cadeia Produtiva da Indústria de Rendering no Brasil“, é lembrado que a reciclagem animal está presente no mundo desde o tempo das cavernas, quando os antepassados usavam as peles, ossos e gordura dos animais para produzir suas vestes, abrigos ou armas.

Desde os anos 1900, os subprodutos da indústria de abate, como a farinha de carne e ossos, estão em suplementos nas dietas animais.

Hoje, a farinha de carne e ossos resultante da reciclagem animal tem valor pelo mundo todo. A China, por exemplo, é a quarta maior importadora de farinha de carne e ossos. Em 2013, por exemplo, importou 93,4 mil toneladas!

Nesse sentido, a farinha de carne e ossos ainda é uma opção lucrativa ao falar da reciclagem animal, sendo utilizada para fabricação de ração de pets e na avicultura. Vale lembrar que ainda é possível produzir farinha de carne e ossos de ovinos, suínos, peixes.

Como é produzida a farinha de carne e ossos?

Conforme explicado no estudo “Cadeia Produtiva da Indústria de Rendering no Brasil”, a farinha de carne e ossos é um produto triturado. Seu comércio ocorre em pó, a granel ou através de sacarias e big bags e apresenta característica semidesengordurada. 

Além disso, ela é produzida a partir do cozimento de subprodutos animais (não só ossos e carne, mas também aparas ou vísceras). Desta forma, sua composição nutricional é rica em proteína, cálcio, fósforo e gordura. 

Entretanto, não está autorizado o uso na fabricação da farinha de carne e ossos de conteúdos gastrointestinais dos animais, bem como chifres inteiros, patas com casco, ganchos plásticos ou os conhecidos por MER, Materiais Específicos de Risco. 

São definidas por MER partes como cérebro, encéfalo, bulbo e cerebelo, por exemplo, pois esta é uma medida das autoridades nacionais e internacionais para evitar riscos de doenças, incluindo a Doença da Vaca Louca. Olhos, amígdalas, medula espinhal e parte distal do íleo também são desconsiderados da fabricação de farinha de carne e ossos.

Importante frisar que esse processo de transformação é realizado em uma planta de reciclagem animal, sendo essencial que ela atenda todas as normas e regras para garantir a qualidade e segurança dos produtos gerados.Farinha de carne e ossos: descubra como ela é obtida, benefícios e aplicações!

Os bovinos, por exemplo, são animais versáteis, aproveitados após abate para fabricação de farinha de carne e ossos.

Conheça as principais vantagens da farinha de carne e ossos

Segundo a ABRA, as vantagens da farinha de carne e ossos vão muito além do seu valor nutricional. Elas refletem em muitos benefícios econômicos para quem a produz.

Ela atende às demandas da formulação de rações animais e está alinhada com as exigências do mercado.

Ainda segundo o estudo “Cadeia Produtiva da Indústria de Rendering no Brasil”, por conter aminoácidos, energia, cálcio e fósforo, a farinha de carne e ossos melhora a relação do custo-benefício na alimentação animal.  

Desta forma, contribui para otimizar os custos dos produtores do setor e ainda leva mais bem-estar dos animais, pois não apresenta fatores alergênicos.

O valor da sua palatabilidade na produção de rações é importante. E, com isso, é possível melhorar o consumo e aproveitar o seu custo-benefício.

E não para por aí: a farinha de carne e ossos é excelente alternativa ao uso de fontes inorgânicas de fósforo e cálcio, pela sua economia e palatabilidade.

Por isso, entre as principais vantagens da farinha de carne e ossos listadas pela ABRA, estão 3 pontos principais:

  • Redução no custo de formulação de rações;
  • Riqueza nutricional, pela alta presença de aminoácidos essenciais e por aumentar a palatabilidade da ração;
  • Segurança: é isenta de fatores alergênicos ou antinutricionais.

E não podemos deixar de lado as vantagens sustentáveis. Isso porque, ainda segundo a “Food Safety Brasil”, em 2019, por meio do uso de farinhas e gorduras animais, o Brasil deixou de cultivar 2,1 milhões de hectares no plantio de milho e soja, reduziu o consumo de 1 milhão de toneladas de adubos, de 12 bilhões de m³ de água e economizou de R$ 800 milhões com defensivos agrícolas.

Você está preparado para produzir farinha de carne e ossos?

Agora que você já conhece todas as vantagens e aplicações da farinha de carne e ossos, que tal começar a pensar em trazer esta realidade para seus negócios e instalar uma planta de reciclagem animal?

Com isso, você aproveitará melhor esta oportunidade do mercado e terá todos os benefícios apresentados a favor da sua rentabilidade. Afinal, conforme falamos no início, a pecuária brasileira segue entre os líderes mundiais e este cenário promissor deve se manter por muitos anos.

A planta de reciclagem animal contribui com a movimentação de mercado, pois gera novos produtos e lucro a partir de resíduos.

E esta possibilidade de geração de receita ainda agrega sustentabilidade, ao evitar o descarte incorreto no meio ambiente.

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